Sob a pele, a gordura vai-se formando rapidamente (o peso do bebé deverá ainda triplicar até ao momento do nascimento). Essa gordura ser-lhe-á necessária para se adaptar às temperaturas mais baixas fora do útero e como fonte de energia e calorias nos primeiros dias de vida.
Os pulmões continuam a exercitar-se e a desenvolver-se (ao alvéolos continuarão a crescer durante nove anos). A membrana que mantém os alvéolos separados dos vasos sanguíneos é suficientemente fina para permitir as trocas de oxigénio e dióxido de carbono.
As pálpebras, que até aqui permaneceram fechadas, abrem finalmente. O bebé pestaneja, abre os olhos quando está acordado e fecha-os para dormir. A retina termina o desenvolvimento das suas camadas normais e o nervo óptico também já está a funcionar (pode, inclusivamente, reagir a estímulos luminsos intensos que lhe sejam dirigidos do exterior). Os olhos têm nesta fase uma cor azul que tende a manter-se até depois do parto.
Podendo agora observar activamente o que o rodeia, a sua actividade cerebral está ao rubro, acelerando os sentidos da visão e da audição.
Os percursos nervosos dos ouvidos do bebé começam a desenvolver-se, e a sua resposta aos sons a tornar-se mais consciente.
O bebé já reage mais ao toque e os seus movimentos são cada vez mais coordenados, à medida que o seu sistema nervoso se vai aprimorando. As suas mãos são extraordinariamente activas.
Por esta altura a actividade do bebé é notável, pontapeando, batendo e remexendo-se no útero.
Muitos bebés têm uma rotina bem estabelecida de períodos de sono e de actividade.
Esta semana marca o final do segundo trimeste, com a completude dos 6 meses de gravidez.
As hipóteses de sobrevivência aumentam de dia para dia. Um bebé nascido nesta fase tem uma probabilidade de 70-80% de sobrevivência, se devidamente assistido.
Por esta altura podem ter início as contracções de Braxton-Hicks – irregulares e não dolorosas, ajudam o útero a preparar-se para o parto.