quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Progressos (ou não)
Soprava eu as velas do meu bolo de aniversário pensando em todos os sonhos de uma vida quando um comentário inesperado interpela o meu voo e reduz a minha capacidade de raciocínio e reacção a qualquer coisa como «o quê?!?!».
Diz assim a minha querida sogra:
- Que para o ano venha a Inês!
Perante o meu engasgamento, o seu filho (abençoado seja por ter vindo em meu auxílio) responde-lhe prontamente:
- Não é preciso pedir desejo que a gente trata disso. (e mai' nada!)Pensava eu (iludida, para variar, crente que sou nas boas intenções de quem me fala com um sorriso sobre o tema ter mais filhos) que estávamos a fazer progressos e que contávamos finalmente com a aprovação da avó C. (não que precisemos dela, mas porque me deixaria mais feliz) e, vai-se a ver, parece que não...
Partilhando, toda contente (tss... que tolinha!), com a minha querida e apoiante mamã o sucedido, eis que fico a saber que em conversa particular (e por particular entenda-se «longe da minha vista e da minha audição» - vá-se lá saber porquê) a história rezada foi outra.
- Já disse ao V. que as coisas agora não estão nada boas para terem mais filhos, com a situação que estão a passar... Só espero que ele não se entusiasme com a gravidez da S. [prima dele com quem tenho proximidade e amizade] e que não queira meter-se nisso também.
Alto aí!
Não percebi bem uma coisa...
Isso de ter filhos é como comprar um carro novo? Ou fazer parte de uma sociedade em jogos de azar?
Fazemos porque os outros fazem? Queremos porque os outros têm?
Afinal para que raio fez aquele comentário ao desejo? E que espécie de agouro lhe estava implícito?
Confesso que me sinto desiludida e defraudada.
Além do mais, vir com desabafos destes para a minha mãe não é propriamente a melhor jogada, visto ser ela a primeira pessoa a estar do meu lado, mas tudo bem (vou ser condescendente e chamar-lhe «desabafo» para não dizer que foi uma não muito elegante tentativa de a incitar a influenciar-me na pretensão de me/nos demover do nosso objectivo).
Eu ainda consigo admitir que não seja má a sua intenção mas a atitude foi, no mínimo, patética.
Até porque de boas intenções...
E não me parece que a promessa de uma nova vida valha um bilhete para o inferno!
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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Não gosto de cartas fechadas
Caro/a Colega,
O Sr. (...) tem um DHC HCV + e fez terapêutica viral com interferon + ribavirina durante 1 ano.
Infelizmente esta terapêutica não conseguiu erradicar o HCV.
Sendo assim o doente necessita de efectuar vigilância para o despiste precoce de eventual carcinoma hepato-celular.
Deverá fazer Ecografia 6/6 meses e PFHepática 3xAno.
Deverá fazer Ecografia 6/6 meses e PFHepática 3xAno.
25/01/2010
Sublinhou bem a palavra «eventual».
Sim, sabemos que a coisa ainda não chegou a tanto, mas... o fantasma da possibilidade não desarma e confesso que me custa resignar-me a, pura e simplesmente, vigiar e esperar.
Esperar para ver...
E se a coisa ficar feia?
É que eu preciso cá do meu homem.
Ele dá-me muito jeito e eu não queria nada ficar sem ele!
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