domingo, 27 de dezembro de 2009

Rica história!

Introdução:

Estava tudo preparado para que a família pudesse passar duas agradáveis semanas no campo.
Umas férias de Natal em grande, com direito a apanha de musgo, presépio à moda antiga a ocupar metade da sala, pinheiros iluminados, decorações feitas pela criançada espalhadas por todo o lado, muita brincadeira, muito convívio, muito amor...

Dias antes do planeado eis que surge o aviso, inesperado pela antecedência relativa à data prevista, de consulta de hepatologia marcada para dia 21 de Dezembro. "Tudo bem, sempre passamos esta época festiva com mais algumas informações e ficamos despachados disto!" - não há nada como encarar as coisas pelo seu lado positivo.


Desenvolvimento:

Era o terceiro dia de férias. Percorreramos 150 km na chuvosa noite anterior, ele cansado pelo esforço para conseguir descortinar a estrada através do vidro que as gastas, ressequidas e cortadas escovas não limpavam, eu de estômago às voltas a preparar-me para as reviravoltas que as minhas tripas iriam sofrer nos dias seguintes.
De pensamento nos miúdos - que ficaram com os avós - com um sentimento misto de saudade e inveja, lá fomos para o hospital.

Marcação para as 11h30, comparência às 11h00, cumprimos tudo a preceito.

"Mas porque é que têm o ar tão quente aqui dentro? Nem se consegue respirar!" - eu, já de casaco na mão, só queria poder despir-me um bocadinho mais... Ele, ansioso pelas notícias, nem dava pela temperatura.

Conversa na sala de espera para entreter, o tempo a passar e o parquímetro a precisar de mais moeda. "Já não deve faltar muito. Vou lá pôr mais 50 cêntimos e já volto." - até às 12h48 não me pareceu mal, que a coisa até parecia estar a andar depressinha.

O frio da rua soube-me bem. Quem me dera poder ficar mais uns minutos a sentir o ar fresco!
Mas eu precisava de estar presente naquele gabinete quando ele fosse chamado... Haviam coisas que queríamos saber e que só eu teria desembaraço para perguntar.
Subi e o calor pareceu-me ainda mais insuportável que antes. Procurei, em vão, um local mais fresco, e acabei por me acomodar num sofá, quietinha que só visto, na esperança de sair dali o mais depressa possível.

Doentes a entrar e a sair e nós à espera.

"Ainda falta!" - diz-me ele - "Costumam sempre chamar-me antes para me pesar e medir a tensão. Só depois é que entro.".
Ou seja, o melhor mesmo seria perguntar afinal quanto tempo ainda faltava, que a moedinha no parquímetro não tinha chegado, nem de perto, nem de longe.
"Falta um bocadinho." - diz a enfermeira.
"Um bocadinho é quanto? Uma hora?" - não seria nada que nos surpreendesse.
"Não, meia hora." - responde.
Ok! Lá volto eu a sair, a desembolsar mais qualquer coisa, a desejar ficar no frio delicioso da rua e a obrigar-me a respirar o ar quente do hospital novamente.
Como se não bastasse, desta feita o meu lugar estava ocupado!

Mas o «melhor» estava para vir...

Eu cada vez mais agoniada, ele a ler informações sobre fígados, hepatites, cirroses e cancros, os outros doentes a ser atendidos, os médicos a sair para «a reunião»...
Agora que já estavam todos despachados só podíamos ser nós a seguir.

Sentámo-nos mesmo em frente à porta entreaberta do gabinete.
Eu, despudoradamente, ia espreitando cada passo do médico.
E quando o vi a fechar as janelas do ecrã e a desligar o computador ia-me dando uma coisinha má.
E pior foi quando se levantou e começou a vestir o casaco. Acho que entrei em pânico!

O meu homem levantou-se de um salto e perguntou à enfermeira o que se estava a passar.
"Doutror, já vai? E o que é que fazemos ao V.?" - interpela-o ela à saída.
"Então, o que é que fazemos, não fazemos nada. É esperar pelo resultado e marcar consulta." - e virou costas sem sequer nos olhar.
Nem um «desculpem lá», um «tenham paciência» ou um «acontece!». Eu já nem pedia um «boa tarde» e menos ainda esperava um «Feliz Natal», mas... nem sequer de um mísero contacto visual aquele homem foi capaz... Que pessoazinha desagradável.

Desculpem-me os que lhe vêem qualidades no campo pessoal mas, por muito bom cirurgião que o dr Júlio Veloso possa ser, é um ser absolutamente desumano, antipático como nunca conheci ninguém e extremamente mal educado.
E isso faz dele um profissional simplesmente incompetente que me vem desagradando mais e mais a cada contacto que temos.

A manter-se a qualidade do serviço prestado quando em 2010 me estrear por bandas do Curry Cabral acho que vou mesmo dedicar-lhe umas linhas no livro de reclamações.


Conclusão:

Três horas de espera naquele ambiente insuportável sem que tivessem a decência de nos informar que ainda não tinham disponíveis os resultados das análises.

"Tenho estado a tentar contactá-los para saber se estão prontas, mas ninguém me atende." - a enfermeira M. fica sempre com a batata quente.
Pediu-nos desculpa, acompanhou-nos para a anulação da consulta (e respectivo pagamento), disponibilizou-se para contacto nos dias seguintes para esclarecimento da situação e prontificou-se a procurar junto dos médicos a informação que eu tanto queria - afinal quanto tempo devo aguardar para que possa, em segurança, voltar a engravidar?

E saí dali a saber o mesmo, de péssimo humor, indisposta, com menos euros na carteira, menos horas do meu dia para aproveitar e menos paciência para tudo e todos.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Se eu não tivesse mais nada que fazer

este blogue andaria tão mais compostinho...!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Meia espera andada


e já falta o resto!

Mais esclarecimentos lá para o mês que vem.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Primeira «consulta pré-gravidez»

Já foi há mais de um mês, mas entre febres e tosses, trabalho e viagens (para não falar noutros percalços que não vêm a propósito), o tempo para dedicar a reflexões e registos tem sido escasso.

No dia 1 de Outubro lá fui ao (re)encontro da Radmila.

Cheguei com uma hora de atraso. Nem um olhar repreensivo.
Uma tranquilidade reconfortante, uma harmonia contagiante e aquela simpatia que as caracteriza e nos faz sentir em casa.

Tempo de pausa e um momento para descomprimir depois da correria da viagem.
Leitura interessante à disposição: parto natural, parto na água, rebirthing... Informação pouco habitual nas salas de espera comuns. As vulgares (e ultrapassadas) revistas que raramente ensinam algo não existem aqui.

Finalmente, uma médica - mais que isso, uma amiga - sorridente e quase maternal, que irradia feminilidade e alegria, coloca-se à minha inteira disposição.
Foi o nosso segundo encontro.
No primeiro pouco falei. Ela perscrutou-me a alma e adivinhou-me os medos que escondo sob esta minha fachada de «mulher-forte». Eu tremia como varas verdes, e ela, docemente, invadia o forte e mostrava-me a mim mesma.

Desta vez foi uma conversa partilhada o que tivemos. Ambas sabíamos o que me levava lá mais do cedo que o previsto: vontade de engravidar. Muita vontade.

Abri-lhe um pouco mais o meu peito, dei-lhe a conhecer um pouco mais da minha história (da minha infância, da minha mãe, do meu pai, do meu marido, dos meus filhos, dos meus medos, das raivas contidas que vou superando, dos ressentimentos despercebidos que vou conhecendo e deixando de lado, do crescimento emocional que aos poucos vou sentindo) e deixei-a vislumbrar um pouco do meu mundo de sonhos.

Disposta a acompanhar-me na viagem que estou cada vez mais perto de iniciar, deu-me a mão e incitou-me a caminhar. São ainda bastantes os pequenos grandes passos que tenho para dar.
Sinto-me, por vezes, tão pouco preparada para esta jornada. E no entanto aquela mulher não teve dúvidas em afirmar (categoricamente, com todas as letras) que estou "pronta para uma nova gravidez ontem"!
O exame físico reforça o veredicto. Daqui a uns meses digo adeus à pílula, dois ciclos depois faço nova consulta e... preparo-me para entrar na que promete ser a fase mais importante da minha vida.

Quanto aos «pequenos grandes passos» de que falei, partilho-os numa próxima, possivelmente à medida que os for dando.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Passarão a ser dois

os comprimidos de ácido fólico diários.
Até que faltem apenas três meses para «luz verde». Aí a parada subirá para mais um por dia, e assim se manterá durante mais uns tempos, até que as necessidades decresçam.

Valproato de sódio x Gravidez

FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Depakine Chronosphere 1000 mg, 1000 mg granulado de libertação modificada.

Valproato de sódio e ácido valpróico:
Grupo farmacoterapêutico: 2.6 - Antiepilépticos e anticonvulsivantes
Depakine Chronosphere pertence a um grupo de medicamentos conhecidos como anticonvulsivantes ou antiepilépticos, que são utilizados para tratar a epilepsia.
Este medicamento é utilizado para tratar diferentes tipos de epilepsia, em adultos e crianças.
Este medicamento é também utilizado em psiquiatria para tratar algumas perturbações do humor conhecidas como Perturbações Bipolares (episódios tipo mania).

Risco associado a convulsões:
Durante a gravidez a ocorrência de convulsões tónico-clónicas e estados epilépticos com hipóxia representam risco de morte quer para mãe quer para o feto.

Informação para mulheres com possibilidade de engravidar:
Uma gravidez não planeada não é desejável para uma mulher a fazer tratamento com valproato de sódio, pelo que deverá utilizar um método efectivo de contracepção e consultar o seu médico antes de planear uma gravidez.
O Depakine Chronosphere não altera a eficácia da contracepção oral (pílula).
Todas as mulheres com possibilidade de engravidar (em idade fértil) deverão receber aconselhamento médico especializado antes de iniciarem o tratamento com valproato de sódio. Se pensa em engravidar deverá contactar o seu médico e colocar-lhe a questão, devido ao risco de malformações congénitas, para que ele possa avaliar o risco versus o benefício do uso de valproato de sódio. No caso do tratamento com valproato de sódio ser mesmo necessário deverão ser tomadas precauções para minimizar os potenciais riscos teratogénicos (ver seccção “Risco associado ao valproato de sódio”).
Com base na experiência adquirida em mães epilépticas tratadas com valproato, o risco associado ao uso de valproato durante a gravidez tem sido descrito como se segue:
Risco associado à epilepsia e aos antiepilépticos em geral:
Todas as mulheres em idade fértil (com possibilidade de engravidar) deverão receber aconselhamento médico especializado antes de iniciarem o tratamento, devido ao aumento do risco de malformações congénitas.
O tratamento com medicamentos antiepiléticos deverá ser reavaliado sempre que a mulher pretenda engravidar.
Demonstrou-se com todos os antiepilépticos que na descendência das mulheres epilépticas tratadas, a taxa global de malformações é 2 a 3 vezes superior à da população em geral (cerca de 3%). O tratamento com vários medicamentos antiepilépticos (politerapia) poderá estar associado a um maior risco de malformações congénitas relativamente ao tratamento com um único medicamento (monoterapia).
Sempre que possível deverá ser utilizado um regime de medicamento único (monoterapia). As malformações mais frequentemente encontradas são as fendas labiais e da cavidade oral, aparelho cardiovascular e tubo neural.
Foi referido raramente atraso de desenvolvimento em crianças cujas mães são epilépticas.
Apesar destes riscos potenciais não se deverá interromper de forma brusca o tratamento com antiepiléptico, dado que poderá despoletar crises cujas consequências poderão ser graves quer para a mãe quer para o feto.

Risco associado ao valproato de sódio:
Nos animais: foi demonstrada a existência de efeitos teratogénicos no ratinho, rato e coelho.
Na espécie humana: Foi relatada uma maior incidência de malformações congénitas (que incluem, em particular, defeitos do tubo neural, hipospádias, dismorfia facial, malformações dos membros, malformações cardiovasculares e inúmeras anomalias que envolvem vários sistemas do organismo) em filhos de grávidas epilépticas tratadas com valproato de sódio, em comparação com as grávidas tratadas com outros antiepilépticos.
Alguns dados disponíveis sugerem associação entre a exposição ao valproato de sódio in-útero e o risco de atraso no desenvolvimento (frequentemente associado a malformações crânio-faciais), particularmente ao nível do coeficiente de inteligência (QI) verbal. O atraso no desenvolvimento é frequentemente associado a malformações e/ou dismorfismo facial. No entanto, é muito difícil estabelecer uma relação causal, podendo existir factores que induzam confusão, tais como: QI da mãe e do pai, outros factores genéticos, sociais ou ambientais, ou pouco controle das convulsões maternas durante a gravidez.
Também têm sido notificados casos de perturbação do espectro do autismo em crianças expostas ao valproato in–útero.
Considerando estes dados:
-Se uma mulher pretender planear uma gravidez, deverá aconselhar-se com o seu médico assistente. É oportuna a revisão da indicação do tratamento antiepiléptico, podendo ser equacionado um suplemento com ácido fólico antes da gravidez e em dose adequada, dado que poderá minimizar o risco de defeitos do tubo neural. A dose de ácido fólico recomendada desde a fase de planeamento da gravidez é de 5 mg diários.
-Se uma mulher planeia uma gravidez, a terapêutica com Depakine deverá ser reavaliada qualquer que seja a indicação. No caso de tratamento de doença bipolar, a cessação da profilaxia com Depakine deverá ser considerada. No caso de reavaliação da terapêutica com Depakine, qualquer que seja a indicação terapêutica, e após avaliação cuidadosa do risco/benefício, se mantiver o tratamento durante a gravidez, recomenda-se o uso de Depakine em doses mínimas eficazes, divididas ao longo do dia. O uso de formulações de libertação prolongada pode ser preferível a qualquer outro tipo de tratamento.
-Deverá ser feito tratamento em monoterapia com a dose diária mínima eficaz. É preferível que a administração seja feita em várias doses repartidas ao longo do dia, e a utilização de uma formulação de libertação prolongada.
-Dosagens diárias totais, ou individuais, elevadas estão associadas a gravidezes com evoluções desfavoráveis. A evidência aponta para uma associação entre picos plasmáticos elevados e doses individuais elevadas e malformações do tubo neural. A incidência das malformações do tubo neural aumenta com doses diárias maiores, sobretudo a partir de 1000 mg/dia.
-Durante a gravidez, um tratamento eficaz com valproato de sódio não deve ser interrompido. Contudo, deve ser efectuada uma vigilância pré-natal especializada (por meio de ecografias e outros meios complementares considerados adequados) para revelar uma possível existência de uma anomalia do tubo neural ou outra malformação.
-Risco para o recém-nascido: Foram reportados casos excepcionais de síndrome hemorrágica em recém-nascidos cujas mães tomaram valproato de sódio durante a gravidez. Esta síndrome hemorrágica está relacionada com hipofibrogenémia; foi também reportada afibrogenia que pode ser fatal. Estas hipofibrogenémias estão possivelmente associadas com a diminuição dos factores de coagulação. No entanto, esta síndrome tem de ser distinguida da diminuição dos factores dependentes da vitamina K induzidos pelo fenobarbital e indutores enzimáticos. Por tudo isto, deve efectuar-se a contagem de plaquetas, níveis de fibrinogénio plasmático, testes de coagulação e factores de coagulação, nos recém-nascidos.

Aleitamento:
Não há evidência de que as mulheres medicadas com valproato de sódio não devam amamentar.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Preferências


R.: A chucha está guardada. Para quando tivermos um bebé.
Eu: Para quando quem tiver um bebé? Tu ou eu?
R.: Tu.
Eu: Ah! Então queres mais um mano, é?
R.: Sim.
Eu: E preferias um mano ou uma mana?
R.: Uma mana!

Acreditando na profecia da Radmila, és capaz de vir a ter sorte, filhote.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Lido(*)




há pouco.

De fio a pavio.

Em menos de nada.




(*)"Parto na água -
 - uma nova consciência familiar" ,
Radmila Jovanovic

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

My OB said WHAT?!?


"The purpose of this site is to capture the crazy but true comments said to birthing women by doctors, midwives, doulas, lactation consultants, and childbirth educators when they are having their babies!"










Incrível, espantoso e (quase) fantástico!
Ainda não sei se ria, se chore...
Mas que merce visita, merece.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Que Deus nos livre!



(fazendo minhas as palavras da Pri) Seria cómico se não fosse trágico.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Consulta marcada

para dia 1 de Outubro.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

PegIntron e Ribavirina x Gravidez

PegIntron 80 microgramas pó e solvente para solução injectável
peginterferão alfa-2b (conjugação de interferão alfa-2b recombinante com monometoxi polietilenoglicol)
PegIntron só deverá ser utilizado em mulheres em idade fértil se estas estiverem a utilizar um método contraceptivo eficaz durante o tratamento.
Não existem dados suficientes sobre a utilização de interferão alfa-2b em mulheres grávidas. Os estudos em animais revelaram toxicidade reprodutiva (ver secção 5.3). O interferão alfa-2b tem demonstrado ser abortivo em primatas. PegIntron é também passível de provocar esse efeito.
Desconhece-se o risco potencial para o ser humano. PegIntron deve ser utilizado durante a gravidez apenas se o benefício potencial justificar o potencial risco para o feto.
Terapêutica combinada com ribavirina: A ribavirina provoca graves anomalias congénitas em caso de administração durante a gravidez. A terapêutica com ribavirina está contra-indicada em mulheres grávidas. Tem que ser usado extremo cuidado para evitar a gravidez em doentes do sexo feminino ou em parceiras sexuais de doentes do sexo masculino que tomam PegIntron em associação com a ribavirina. Tanto as doentes do sexo feminino em idade fértil como os seus parceiros sexuais têm que utilizar um método contraceptivo eficaz no decurso do tratamento e durante o período de quatro meses após a conclusão do mesmo. Tanto os doentes do sexo masculino como as suas parceiras sexuais têm que utilizar um método contraceptivo eficaz no decurso do tratamento e durante o período de 7 meses após a conclusão do mesmo (ver o RCM da ribavirina).

Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento. Em estudos em animais prenhes, os interferões por vezes provocaram aborto. Desconhece-se o efeito sobre a gravidez humana. Na terapêutica combinada com ribavirina, a ribavirina pode prejudicar gravemente uma criança antes do nascimento, pelo que tanto os doentes do sexo feminino como do sexo masculino têm que tomar precauções especiais durante a sua actividade sexual caso exista qualquer possibilidade de ocorrer uma gravidez:
- se é uma rapariga ou mulher em idade fértil, terá que obter resultados negativos nos testes de gravidez efectuados antes do início do tratamento, mensalmente durante o tratamento e no período de 4 meses após terminar o tratamento. Tanto você como o seu parceiro sexual terão que utilizar medidas contraceptivas eficazes durante o tratamento com ribavirina e no período de 4 meses após terminar o tratamento. Poderá discutir este assunto com o seu médico assistente.
- se é um homem e está a tomar ribavirina, não tenha relações sexuais com uma mulher grávida sem utilizar um preservativo. O preservativo diminuirá a possibilidade de libertar ribavirina no corpo da mulher. Se a sua parceira sexual não estiver grávida mas for de idade fértil, terá que efectuar um teste de gravidez mensalmente durante o tratamento e no período de 7 meses após terminar o tratamento. Poderá discutir este assunto com o seu médico assistente. Se é um homem, tanto você como a sua parceira sexual terão que utilizar medidas contraceptivas eficazes durante o tratamento com ribavirina e no período de 7 meses após terminar o tratamento. Poderá discutir este assunto com o seu médico assistente.
...
Copegus 200 mg comprimido revestido por película
Cada comprimido revestido por película contém 200 miligramas de ribavirina.
Dados pré-clínicos: A ribavirina demonstrou potencial teratogénico e/ou embrioletal significativo em todas as espécies animais incluídas nos estudos adequados, com doses claramente inferiores à dose recomendada no Homem. Observaram-se malformações do crânio, palato, olhos, mandíbulas, membros, esqueleto e tracto gastrointestinal. A incidência e gravidade dos efeitos teratogénicos aumentam com a dose de ribavirina. A sobrevida dos fetos e das crias diminuiu.
Doentes do sexo feminino: Copegus não deve ser utilizado em mulheres grávidas (ver secção 4.3 e secção 4.4). Deve ter-se extrema precaução de forma a evitar que as doentes engravidem. A terapêutica com Copegus só deve ser iniciada após obtenção de um resultado negativo num teste de gravidez realizado imediatamente antes do início da terapêutica. Qualquer método anticoncepcional pode falhar. Por conseguinte, é muito importante que as mulheres em idade fértil e os seus parceiros utilizem simultaneamente 2 métodos eficazes de contracepção durante o tratamento e nos 4 meses seguintes à sua conclusão; durante esse período, deverá ser efectuado mensalmente um teste de gravidez. Se a doente engravidar durante o tratamento ou nos 4 meses seguintes à sua conclusão deverá ser advertida do risco teratogénico significativo que a ribavirina representa para o feto.
Doentes do sexo masculino e respectivas parceiras: Deve ter-se extrema precaução a fim de evitar que as parceiras de doentes do sexo masculino, em tratamento com Copegus, engravidem. A ribavirina acumula-se a nível intracelular e é eliminada do organismo muito lentamente. Nos estudos em animais a ribavirina, em doses inferiores à dose utilizada na prática clínica, originou alterações no esperma. Desconhece-se se a ribavirina presente no esperma irá exercer os seus efeitos teratogénicos conhecidos após a fertilização do óvulo. Assim, os doentes do sexo masculino e as suas parceiras em idade fértil devem ser aconselhados a utilizar simultaneamente 2 métodos eficazes de contracepção no decurso do tratamento com Copegus e nos 7 meses seguintes à sua conclusão. Deve ser realizado um teste de gravidez antes do início da terapêutica. Os doentes do sexo masculino cujas companheiras estejam grávidas devem ser instruídos no sentido de utilizar preservativo para minimizar a cedência de ribavirina à sua companheira.

Só mais uns meses

para termos luz verde.


quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Primeira toma

de ácido fólico.
Para compensar o défice provocado pelo valproato de sódio no organismo e equilibrar os níveis.
Enquanto esperamos por luz verde. (motivo da espera)

Mais um

blogue (sobre gravidez).